O período da pandemia nos forçou a praticamente não pensar no que fazer, em como decidir. Fomos levados, meio que numa onda, a tomar decisões, algumas abruptas e outras um pouco mais pensadas. Essa discussão de metodologia de trabalho é antiga. Há tempos que se discute qual a melhor forma de produzir: internamente na empresa ou internamente dentro de casa. Com a força dos trabalhos remotos, onde o que conta é a entrega dos trabalhos e com uma alta qualidade, esse aspecto antecipou um rumo que, talvez, levasse bem mais tempo para ser implantado nas organizações. Toda mudança de cultura leva tempo. Exceto quando somos forçados por fatores externos, como foi o caso nos últimos quase 2 anos.
Amigos, de um lado pessoas absolutamente adaptadas e desejosas de manter seu trabalho em home office (HO). Do outro, empresas querendo acerta o melhor para todos.
79% dizem que o regime híbrido de trabalho é o melhor para sua empresa, e menos de 5% veem o 100% presencial como a melhor opção.
Durante a pandemia foram todos os dias em home office. Hoje falamos num modelo híbrido com 2 ou 3 dias na empresa. E outras tantas empresas já aceleram o processo de voltar 100% presencial. Dois pontos me chamaram a atenção nos que argumentam e defendem o 100% presencial: “flexibilidade demais tende a prejudicar a empresa e funcionários 100% em HO tendem a prejudicar a própria carreira”.
Na pesquisa, citada por mim no Instagram, liderada pela FDC em parceria com a Talenses Group, com 676 profissionais entre homens e mulheres, mostra que apenas 5% gostariam de voltar ao trabalho presencial.
Existem algumas preocupações, bem pertinentes, que as equipes estão fazendo e que merecem uma conversa mais próxima das lideranças empresariais sobre o HO, como “as empresas investiriam na infraestrutura?; Como se mediriam as vantagens competitivas da empresa no mercado? Ou, existe maturidade da empresa e da equipe para manter uma alta produtividade a distância? Como se daria a integração de culturas e conversas tão importantes no dia a dia de uma organização? ”.
Um bom começo é promover uma pesquisa interna entendendo questões do tipo:
- “Como sua equipe se sente em ser avaliada a distância?
- Como se dará a relação com os líderes?
- Como faríamos a troca de experiências e feedbacks com todos? ”
Minha orientação é que haja uma discussão a respeito com todos da equipe. Avalie os prós e os contras numa decisão dessas. Não existe uma única resposta e nem um único caminho. Gestão é participação. Liderança é desejar o bem comum com foco nas metas e principalmente no ser humano por trás das mesmas. Sejam elas financeiras ou comportamentais. O ideal: aquilo que todos decidem juntos com base numa cultura de integração.
“Não há nada que eu não possa fazer. Eu tenha cabeça, raciocínio, equilíbrio, inteligência. ” Dercy Gonçalves
Fonte: HSM Management-2021